Sílvio Piza
Pedrosa nasceu em
Natal no dia 12 de março de 1918, filho de Fernando Gomes Pedrosa e de Branca
Toledo Piza Pedrosa.
Cursou o
secundário na Montclair School, na Inglaterra, e no Colégio Santo Inácio, no
Rio de Janeiro, então Distrito Federal, bacharelando-se mais tarde pela
Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro.
Começou a
advogar na capital federal, onde atuou até 1942. Em abril de 1945 foi nomeado
membro do Conselho Administrativo do estado do Rio Grande do Norte, assumindo
em fevereiro do ano seguinte — já após a extinção do Estado Novo (1937-1945) —
o cargo de prefeito de Natal, que ocuparia até fevereiro de 1950. Em janeiro de
1947 elegeu-se deputado à Assembléia Constituinte do Rio Grande do Norte na
legenda do Partido Social Democrático (PSD), assumindo o mandato em março
seguinte. A partir de agosto desse ano, presidiu o Conselho Estadual de
Habitação Popular, exercendo também a presidência da Comissão Estadual de
Preços de 1948 a 1949. Na qualidade de prefeito de Natal, representou o Brasil no
II Congresso Histórico Municipal Interamericano, realizado em 1948 em
Porto Rico, atuando como vice-presidente do conclave e relator da sexta
comissão de trabalhos.
No pleito de
outubro de 1950 elegeu-se vice-governador do Rio Grande do Norte com o apoio da
coligação formada entre o Partido Social Progressista (PSP), o Partido
Republicano (PR) e o PSD, sendo empossado em janeiro de 1951. Em julho do mesmo
ano, com o afastamento do governador Jerônimo Dix-Sept Rosado por motivo de
doença, assumiu interinamente o governo. Pouco depois, com a morte de Dix-Sept
Rosado, foi efetivado na chefia do governo estadual.
Suas
principais metas de ação foram a ampliação do sistema rodoviário e o início da
pavimentação das estradas; a motomecanização da agricultura e a intervenção
decisiva do poder público para fazer chegar ao agricultor todas as formas de
ajuda; a criação de dez cursos normais regionais no interior do estado: o
interesse imediato pelo desenvolvimento cultural do estado, prestigiando as
associações intelectuais e dando apoio aos movimentos literários e científicos;
e o reaparelhamento e a atualização do mecanismo fiscal. Durante o seu governo,
foi criada a Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Em janeiro de 1956
foi substituído no governo por Dinarte Mariz.
Membro do
conselho consultivo do Banco do Nordeste do Brasil de 1956 a 1957, e diretor
financeiro da mesma instituição deste último ano ao seguinte. Em outubro de
1958, disputou uma vaga no Senado, mas não foi bem-sucedido. Representante da
diretoria do Banco do Nordeste na assembléia geral ordinária de março de 1957
até junho de 1960, retornou à vida pública, ainda no governo de Juscelino
Kubitschek (1956-1960), no cargo de oficial de gabinete e depois subchefe da
Casa Civil. Após o curto governo de Jânio Quadros (janeiro a agosto de 1961),
voltou a ocupar esse último cargo com a posse de João Goulart na presidência da
República, em setembro de 1961.
Deixou a
subchefia da Casa Civil em virtude do afastamento de Goulart da presidência
pelo movimento político-militar de março de 1964. Em seguida, assumiu a chefia
de gabinete da presidência da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Nomeado
consultor da CNC em 1967, em 1972 passou a exercer os cargos de
secretário-geral do Comitê Brasileiro da Câmara de Comércio Internacional,
secretário-geral da Associação de Exportadores Brasileiros e
secretário-executivo da CNC até 1998. Aposentou-se como subprocurador da
Fazenda Nacional.
Foi também
presidente de honra e membro da comissão diretora do PSD do Rio Grande do
Norte, presidente de honra do Centro Norte-Rio-Grandense, membro efetivo da
Sociedade Brasileira de Folclore e da Sociedade de Cultura Hispânica de Madri,
e membro titular da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras.
Faleceu no
Rio de Janeiro no dia 19 de agosto de 1998.
Foi casado
em primeiras núpcias com MARIA CLOTILDE DE AZEVEDO PEDROSA e era casado com
Nelma Cavalcanti Pedrosa. Teve cinco filhos.
FONTES:
CASCUDO, L. História; CASCUDO, L. História da Assembléia;
Grande encic. Delta; Jornal do Brasil (24/8/98); SILVA, R. Bacharéis;
SOC. BRAS. EXPANSÃO COMERCIAL. Quem; TRIB. SUP. ELEIT. Dados
(1 e 7).
FONTE –
FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS
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