sábado, 22 de dezembro de 2018

SÍLVIO PIZA PEDROSA



Sílvio Piza Pedrosa nasceu em Natal no dia 12 de março de 1918, filho de Fernando Gomes Pedrosa e de Branca Toledo Piza Pedrosa.
Cursou o secundário na Montclair School, na Inglaterra, e no Colégio Santo Inácio, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, bacharelando-se mais tarde pela Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro.
Começou a advogar na capital federal, onde atuou até 1942. Em abril de 1945 foi nomeado membro do Conselho Administrativo do estado do Rio Grande do Norte, assumindo em fevereiro do ano seguinte — já após a extinção do Estado Novo (1937-1945) — o cargo de prefeito de Natal, que ocuparia até fevereiro de 1950. Em janeiro de 1947 elegeu-se deputado à Assembléia Constituinte do Rio Grande do Norte na legenda do Partido Social Democrático (PSD), assumindo o mandato em março seguinte. A partir de agosto desse ano, presidiu o Conselho Estadual de Habitação Popular, exercendo também a presidência da Comissão Estadual de Preços de 1948 a 1949. Na qualidade de prefeito de Natal, representou o Brasil no II Congresso Histórico Municipal Interamericano, realizado em 1948 em Porto Rico, atuando como vice-presidente do conclave e relator da sexta comissão de trabalhos.
No pleito de outubro de 1950 elegeu-se vice-governador do Rio Grande do Norte com o apoio da coligação formada entre o Partido Social Progressista (PSP), o Partido Republicano (PR) e o PSD, sendo empossado em janeiro de 1951. Em julho do mesmo ano, com o afastamento do governador Jerônimo Dix-Sept Rosado por motivo de doença, assumiu interinamente o governo. Pouco depois, com a morte de Dix-Sept Rosado, foi efetivado na chefia do governo estadual.
Suas principais metas de ação foram a ampliação do sistema rodoviário e o início da pavimentação das estradas; a motomecanização da agricultura e a intervenção decisiva do poder público para fazer chegar ao agricultor todas as formas de ajuda; a criação de dez cursos normais regionais no interior do estado: o interesse imediato pelo desenvolvimento cultural do estado, prestigiando as associações intelectuais e dando apoio aos movimentos literários e científicos; e o reaparelhamento e a atualização do mecanismo fiscal. Durante o seu governo, foi criada a Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Em janeiro de 1956 foi substituído no governo por Dinarte Mariz.
Membro do conselho consultivo do Banco do Nordeste do Brasil de 1956 a 1957, e diretor financeiro da mesma instituição deste último ano ao seguinte. Em outubro de 1958, disputou uma vaga no Senado, mas não foi bem-sucedido. Representante da diretoria do Banco do Nordeste na assembléia geral ordinária de março de 1957 até junho de 1960, retornou à vida pública, ainda no governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960), no cargo de oficial de gabinete e depois subchefe da Casa Civil. Após o curto governo de Jânio Quadros (janeiro a agosto de 1961), voltou a ocupar esse último cargo com a posse de João Goulart na presidência da República, em setembro de 1961.
Deixou a subchefia da Casa Civil em virtude do afastamento de Goulart da presidência pelo movimento político-militar de março de 1964. Em seguida, assumiu a chefia de gabinete da presidência da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Nomeado consultor da CNC em 1967, em 1972 passou a exercer os cargos de secretário-geral do Comitê Brasileiro da Câmara de Comércio Internacional, secretário-geral da Associação de Exportadores Brasileiros e secretário-executivo da CNC até 1998. Aposentou-se como subprocurador da Fazenda Nacional.
Foi também presidente de honra e membro da comissão diretora do PSD do Rio Grande do Norte, presidente de honra do Centro Norte-Rio-Grandense, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Folclore e da Sociedade de Cultura Hispânica de Madri, e membro titular da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras.
Faleceu no Rio de Janeiro no dia 19 de agosto de 1998.
Foi casado em primeiras núpcias com MARIA CLOTILDE DE AZEVEDO PEDROSA e era casado com Nelma Cavalcanti Pedrosa. Teve cinco filhos.

FONTES: CASCUDO, L. História; CASCUDO, L. História da Assembléia; Grande encic. Delta; Jornal do Brasil (24/8/98); SILVA, R. Bacharéis; SOC. BRAS. EXPANSÃO COMERCIAL. Quem; TRIB. SUP. ELEIT. Dados (1 e 7).
FONTE – FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

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